Tamanha dedicação à carreira tem gerado nos profissionais, sobretudo nos mais jovens, o desejo do sucesso rápido e estrondoso. Essa “impaciência” pode justificar a alta rotatividade de funcionários nas empresas – há quem diga que uma pessoa não pode ficar mais de três anos em uma mesma companhia, caso contrário, corre o risco de viver sob o estigma de acomodada e defasada.
A resposta a essa dúvida não é simples e requer muito mais planejamento do que se possa imaginar.
O início de uma longa jornada
Como regra geral, um salário ou mesmo benefícios mais atraentes não devem servir como justificativa para a troca de companhias.
Um ambiente favorável
A função atual das empresas é oferecer condições mínimas para o desenvolvimento profissional de seus colaboradores. Ferramentas como avaliação de desempenho e plano de carreira trazem benefícios para os dois lados – companhias e funcionários -, uma vez que permitem identificar o que satisfaz ou não um profissional, quais obstáculos ele enfrenta, quais desafios espera assumir e como ele se relaciona com a equipe.
A consultoria norte-americana de Recursos Humanos The Supplee Group traçou um quadro dos principais motivos que levavam os profissionais a pedir demissão. O estudo contou com a participação de 2 mil entrevistados de várias nacionalidades e o resultado mostrou maturidade profissional e a preocupação dos participantes com questões fundamentais para o desenvolvimento da carreira. O relacionamento com as lideranças foi apontado por 26% dos entrevistados, seguido pela falta de reconhecimento (10%). Em último lugar, com 7%, somaram-se questões como baixos salários e fraca avaliação de desempenho.
A decisão
Permanecer em uma mesma empresa por vários anos só será ruim caso o profissional não demonstre crescimento. A estabilidade não deve ser sinônimo de comodismo e falta de sintonia com as mudanças do mercado.
Quando uma companhia oferece condições de desenvolvimento, um bom ambiente de trabalho e constantemente motiva seus profissionais com novos desafios, não há porque abrir mão disso.
Por outro lado, se a companhia não oferece condições para o crescimento de seus funcionários e não demonstra a intenção de fazê-lo, aí sim o profissional deve demonstrar maturidade e investir na concretização do seu planejamento de carreira.