29.7.10
Veja dez perguntas típicas de um selecionador e saiba como respondê-las.
15.7.10
Mercado de Trabalho
Especialista em recrutamento, David Perry coleciona histórias como a do copo de café vazio que rendeu um emprego a um administrador de sistemas.
Coautor do livro "Guerrilla Marketing for Job Hunters 2.0" e especialista em recrutamento, o canadense David Perry defende a ideia que o uso de estratégias pouco ortodoxas na busca por uma vaga pode resultar na obtenção de um novo emprego e, acredite, em um terço do tempo.
Nesta entrevista à ComputerWorld/EUA, Perry - que escreveu o livro em parceria com Jay Conrad Levinson - fornece detalhes sobre essas estratégias e explica como os profissionais de TI podem tirar proveito de suas lições.
David Perry - Parar de procurar por vagas e passar a procurar por empregadores e por pessoas influentes. Prepare uma relação com as 20 empresas em que gostaria de trabalhar. Se estas não estiverem contratando, a saída será estar em evidência nessas empresas.
Todos os dias essas organizações dispensam funcionários e a procura por mão-de-obra qualificada, na verdade, nunca cessa. Faça o máximo de contatos, frequente os círculos e, assim que a oportunidade aparecer, seja um dos primeiros a saber.
Use sites como o LinkedIn - estar lá é importante, mesmo que não traga resultados imediatos. O LinkedIn é utilizado para consultas sobre quem você é e o que faz. É muito provável que o recrutador procure pelo nome dos candidatos no Google e o LInkedIn apresenta resultados em posições altas nos resultados de busca da web.
CW - Poderia dar exemplos de marketing de guerrilha na busca por empregos?
Perry - Quem entende do assunto sabe que, em média, 20% das vagas existentes são anunciadas na web. Então uma saída é ficar esperto e procurar um meio de ficar visível para as 80% restantes. Fato é que a vasta maioria fica presa às oportunidades anunciadas na Internet.
O lance é criatividade, sabe? Foco e persistência também. Em todo caso, ações mais, digamos, ousadas podem ajudar. Tente ligar para quem decide, mas não engasgue ao ouvir a voz do diretor e lembre que ele tem segundos antes de desligar na sua cara. Faça um CV bacana, com testemunhos de outras pessoas, algo rico e informativo. Tem até caso de gente entregando CVs em embalagens bem criativas como dentro de copos de café descartáveis.
CW - Em copos de café? Como assim? Isso já funcionou para alguém?
Perry - Eu chamo isso de um CV com personalidade. Os ingredientes são bastante básicos: um CV repleto de cores, com logotipos de antigos empregadores, uma embalagem de café para viagem da Starbucks e uma breve carta de apresentação convidando o recrutador para um café e uma conversa sobre como o candidato pode ajudar a empresa.
O negócio é mandar essa caixa por FedEx, DHL ou outro serviço similar. Sobre o sucesso dessa tática, sugiro que pergunte a Mark Thomas. Ele teve de parar a operação de envio dos CVs em copos de café, pois estava com a agenda lotada depois de enviar dez pacotes desse tipo. Thomas começou em um emprego novo em 8 de março, na função de administrador de sistemas em Mesa, no Arizona.
CW - E você acredita que essas táticas servem para profissionais da área de TI?
Perry - Por que não funcionaria? Acho que os profissionais de TI são as pessoas mais habilitadas a fazer esse tipo de ação. Eles têm uma noção nata de como funcionam as redes e as ferramentas colaborativas nas empresas.
• 20% pretendem aumentar substancialmente o contingente de profissionais de TI no segundo semestre;
• 51% pretendem contratar, mas não muito;
• 29% responderam não ter intenção alguma de contratar novos profissionais de TI.
Por “aumentar substancialmente” entende-se um incremento de até 50% no número de profissionais desse segmento.
À pergunta "Que nível profissional deve ter o profissional que você pretende contratar?", as respostas foram:
• 16% Iniciantes
• De dois a cinco anos de experiência: 52%
• De cinco a dez anos de experiência: 60%
• Mais de dez anos de experiência: 29%
• Não souberam: 8%
Obs. Para cada pergunta era aceita mais de uma resposta.
5.7.10
Diferenciais em Currículos para TI
Veja quatro questões que precisam ser privilegiadas no documento de apresentação.
A seguir, a especialista elenca os quatro grandes equívocos que os profissionais precisam evitar na hora de preparar um bom currículo em TI:
Os potenciais empregadores não estão interessados em documentos de apresentação muito curtos, como costumam aconselhar as consultorias em gestão. “Eles querem detalhes. O que significa ter um currículo com três ou mais páginas”, pontua a especialista. As informações precisam contemplar com quais tecnologias o profissional já atuou, o tamanho e o escopo dos projetos com os quais já lidaram e quais as principais habilidades.
“Eles [os contratantes] querem ver, de forma clara, se as pessoas têm os conhecimentos necessários, a partir de coisas que esses profissionais já fizeram no passado”, elenca a especialista.
Outra razão pela qual um currículo de uma ou duas páginas nem sempre funciona para profissionais de TI é porque as funções são bastante complexas e as pessoas costumam atuar em múltiplas tarefas.
Como exemplo, ela diz que algumas instituições bancária dão o cargo de vice-presidente (VP) para profissionais que cuidam da gestão de projetos ou de políticas, em vez de restringir o título apenas a posições executivas. "Se você tem a experiência como VP em seu currículo, mas está se candidatando a uma vaga de gestor de projeto, o possível contratante pode colocá-lo automaticamente fora do processo, achando que você é muito sênior para a posição”, exemplifica Shana.
O truque para explicar um cargo é ser claro. Ou seja, o profissional deve descrever exatamente suas funções anteriores, até para que isso seja confirmado por pessoas que sejam procuradas para dar referências.
A gerente da Sapphire ressalta que nem sempre um currículo ‘enfeitado’ vai atrair um possível empregador, pelo contrário. “As pessoas só querem um documento que seja fácil de ler”, adverte.