8.7.05

Lobby para o bem

Existem hoje pelo menos 140 representantes de grupos de pressão com atuação legítima no Congresso Nacional e no Poder Executivo.
A função promordial deles é influenciar decisões que sejam favoráveis a seus clientes.
Mas boa parte deles tem a tarefa de traduzir o complicado funcionamento das engrenagens brazilienses aos que contratam seus serviços.
Esses escritórios mantém equipes inteiras monitorando o trabalho das comissões do Congresso Nacional e preparando relatórios sobre o andamento de votações ou pronunciamento.
Também prometem orientar seus clientes sobre a melhor maneira de abordar um Deputado ou um Senador.
Um estudo realizado pelao Especialista em estratégia comercial, Diogo Brunacci, da Fundação Getúlio Vargas, mostra que influenciar o que ocorre me Brasília pode ser fundamental para uma empresa ou uma associação de classe.
Seria, segundo Brunacci, uma maneira importante de se destacar num ambiente de competição entre companhias ou setores.
E isso é muito mais eficaz quando a ação é legítima, porque não há ônus se o caso vier a público.
A atividade de lobby no Brasil funciona sem nenhuma regulamentação. Na falta de regras claras para definir essa atividade, a maioria dos lobistas profissionais procura se blindar contra a má fama dos outros. A melhor estratégia é deixar claro os princípios que os norteiam.
Desde 1989, tramita no Congresso Nacional um projeto do Senador Marco Maciel para regulamentar a atividade do lobby. Ele está parado desde 2001 na Câmara dos Deputados.
Nos Estados Unidos, a atividade é regulamentada desde 1946. Para agir dentro do Congresso Americano, a empresa de lobby tem de preencher uma ficha detalhada com nome do lobista, qual empresa o contratou e que áreas ele tem interesse de acompanhar.
Por Gustavo Paul para EXAME, nº 12, 22/06/2005

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