28.2.08

Aprender a escolher.


E o que significa escolher, quando se trata de estabelecer um projeto de vida que abarca aspectos desconhecidos, como, por exemplo, o futuro pessoal e social ?
No que tange as escolhas vocacionais e ocupacionais, estas encontram-se condicionadas por inumeráveis e sutis influências, desenvolvidas ao longo da história de cada indivíduo e que leva também o selo de expectativas e projetos familiares, além de estar delimitada pela situação social, cultural e econômica, pelas oportunidades educativas, pelos horizontes ocupacionais do lugar de residência.
Por consistir em um longo caminho, podemos dizer que se aprende a escolher.
É uma aprendizagem que leva anos, que se recoloca e que se define em várias etapas ao longo da vida, sem restringir-se a um setor exclusivo específico e único - uma só profissão ou ocupação -, já que abarca matizes, zonas de ambiguidade e de abertura, conflitos não apenas referentes ao trabalho mas também pessoais.
É assim porque quando se aprende a definir o que se quer ou o que se pode fazer, quem escolhe o faz a partir de um certo grau de encontro consigo mesmo, desde uma determinada definição de si mesmo.
Desta maneira, e a partir dos gestos cotidianos mais triviais, como escolher a roupa que vai usar, as crianças iniciam sua preparação para decidir o que fazer, a que dedicar boa parte de sua vida e daí o desenvolvimento de sua maturidade.
Um dos pontos que impactam bastante o processo de escolha é o medo.
Medo do desconhecido da perda da zona de conforto e das expectativas em relação ao novo.
A melhor maneira de amenizar o medo e saber lidar com as expectativas e os processos de escolha e cada vez mais o auto-conhecimento.

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